Viver já é impossível. E ainda assim vivemos.
Vivemos porque sabemos que a impossibilidade é o que nos permite.
Vivemos pra viver, incansavelmente, nossa luta contra o impossível.
Tudo, embora, se perde. Se perde em arquivos já perdidos. Vistos e não lidos.
Nesta luta a primeira pessoa foi morta. A terceira entrou em ação pra contar histórias sobre vitórias.
Não existe eu, existe Vós. Não existe eu, existe Ele. E ainda não existe eu, existe Nós.
Do contrário da ida, a volta tráz histórias permitidas. Testadas, sentidas.
Contarás a quem sobre o que vistes?
Quem será ouvinte nessa história que é alegre e é triste?
A terceira pessoa existe?
- Cala-te menina. Apenas vive.