O silêncio que acalma é o mesmo que irrita
E na tentativa de salvar a hora, esqueço o relógio
Paro o tempo. Ele ta de bobeira então é meu
Provisoriamente um sorriso sairá, aqui nesse lar
Nessa noite, nesse lugar... Será apenas pra mim
No espelho vou encantar, a dupla exposição
(...)
E já sei o que acontece: Quando canto e a dor amortece, me toco e esse toque é mudo. De onde vem o som?



Esse desapego não é em vão, pode ter certeza. Hoje, amo mais a mim.
O encontro já foi desencontro, e o encanto também já foi espanto.
Não quero nada além de vida e tempo para vivê-la
Sempre me senti bem, estando sozinha, e por que isso agora?
Não Natalí, não seja assim. Tchau!
Aqueles livros na estante precisam ser lidos, aquelas tintas da cesta precisam ser usadas...
Há muita coisa a ser feita.
O que existe dentro dessa mente confusa, é fruto dos anos que você adiantou para poder amadurecer.
Nesse quarto cheio de lembranças dolorosas, também existe aquilo que você já foi e que amava ser...
Esqueça o que quiser, lembre do que quiser. Abra sua mente, faça isso agora!



Se eu fosse só, talvez fosse menos só.
E se a vida fosse só minha, talvez eu fosse mais minha.
Não sou de ninguém. E o mundo me consome...
Ele e todas as suas maravilhas, confusões, estradas e entranhas.
E quem pensou o contrário que me desculpe, mas minha maior vontade é de sair por ai com uma mochila nas costas e uma câmera na mão...
Se a solidão não fosse tão dura, talvez experimentá-la com mais frequência fosse a solução. Mas não é.
A vibração do caos é forte demais, e quando este se aproxima, corro pra um lugar seguro: Um colo, a paz.
Mas depois me sinto livre novamente, e com vontades incontroláveis e lembranças inevitáveis.
Seria uma prisão sem vão, ou uma mente sem chão?
Me arrependo de alguns trechos de minha história, até dos que não vivi/escrevi. Por isso vivo, e vivo na esperança de me sentir completa algum dia, lendo minha história em um lugar seguro, vendo em minha pele os retratos do tempo através da tinta que estar por vir.
Hoje eu acordei revoltada, com sede de revolução.
No desejo de alucinação, grão em grão.



Tecnologia do Blogger.