Acordei, sentei na cama. Ouvi a chuva.
Abri a janela e tinha um pássaro equilibrado no fio do poste. 

Ventava forte e ele conseguia se equilibrar, a princípio não entendi qual o sentindo de estar na chuva podendo voar para qualquer lugar. Mas ele ali estava, ali ficou, ali sentiu, aquele era o momento do instante. O tempo real, sentido. O presente.
Quando direcionava minha vista para os olhos dele, via que abriam e fechavam como se o interesse fosse sentir a chuva molhá-los. E era.
O observei por pouco mais de 1h. Parada, em êxtase.
Estava sozinha observando um ser que, também sozinho, vivia sua escolha lá fora.



Tecnologia do Blogger.