Quando criança eu observava as pessoas, sempre me achei estranha, pensava em coisas que me pareciam loucas. Hoje cresci e penso igual. As vezes tudo é normal e de uma hora pra outra tudo é estranho, surreal. Não me julgo normal, nem anormal. É questão de ser, e eu sou, apenas. Mas não sei o que. Essa oscilação nunca vai mudar, essa constante será eternamente parte da minha vida. Milhares de caminhos pra percorrer e muitas paradas pra fazer, estou aqui sem sair do lugar! E agora a questão não é ser, é estar! Estou curta, breve, leve.
Gosto de observar, amo observar. Gosto de ser consumida, detalhada. Dentro de mim sou uma mulher, sou independente. No espelho sou apenas um ser que não sabe o que quer. Na realidade, uma interrogação, reticências, exclamação.
Hoje é tempo de analisar, lembrar de toda minha infância. Comparar os traços e ver que os desejos que tive não são tão diferentes dos que tenho. Devo seguir os meus conselhos, os meus conceitos. Embora estranha, me sinto mais feliz. Sem medo de me lançar no vazio, tendo coragem suficiente pra arriscar o novo, o desconhecido.



Solta

A saudade se confunde com as vontades e nesse vazio eu me perco, outra vez.
Não é bem isso que quero falar. Como na maioria das vezes, a palavra me conforta e depois sai correndo.
Um incenso, um café frio,  um sono sombrio, uma carência com frio. Uma sala vazia e sem companhia, nem de noite nem de dia.
Foi isso que eu quis? O que foi que eu fiz?
Prefiro acreditar que ainda há tempo e ainda há muita água no mar.
Muita coisa ainda precisa sair de mim, e muita coisa precisa entrar, se encaixar. Os pensamentos e as idéias andam soltas demais. As vontades falam mais. A sede pede mais. E meu corpo cala, sente.
Voaria agora se pudesse, e observaria tudo, todos. Sentiria o frio, sentiria sono, acordaria! Tudo não passaria de sonho!
Não sei a quem peço ajuda, pareço louca, ando solta. Falo sem armas, falo da alma e com a alma. Falo até calada. Com os olhos. Na calma.
Viajarei agora, o silêncio já estar aqui. Abriu a porta! Fim.



Afastar-se e aproximar-se
Vontades e impossibilidades
Sonhos e muita realidade
Novamente, vontade. E possibilidade
Borboletas voando em um estômago vazio
Arrepios, romances, fetiches... E ponto.
Pessoas, sentimentos, sentidos.
Eu sei, eles não gostariam de estar no mesmo lugar.
Mas estão. Dentro de mim.



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