“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”

(William Shakespeare)


Eu odeio a distância.

Não suporto a desculpa.

Não tolero a falta.

E a dor dói.

A distância é insuportável

Parece que ela nunca vai deixar de existir.

E quando misturada na saudade não é possível resistir.

O que me resta é cair nos pratos

E descontar tudo em mim

Porque eu poderia ter evitado isso

Era só não ter colocado sentimento nesse coração bobo

Esse coração que qualquer dia desses coloco a venda.

O venderei por raiva, porque tanto amor nele eu coloquei.

Minha mente não consegue fugir da falta,

Mesmo que eu tente esquecer a distância de vez,

Ela parece martelar no meio de cada pensamento

E sufocar o meu lamento

Trazendo muito desconforto ao meu carinho intenso.

Não quero aprisionar minha saudade

Tenho que apontá-la a alguém

Mais preciso de um corpo e de uma alma

Igual ao do meu bem

Por que é ele que tanto amo,

E a quem todo amor entregarei.






Esvazio neste momento a minha mente
Esvazio a sujeira acumulada
Esvazio a dor da insegurança
Esvazio os vestígios de não esperança
Falam-me em humildade e vaidade
Porque sem essas não tenho caráter.
Pinto-me e preencho de vida meu semblante
Porque preciso refletir uma imagem boa ao Senhor Espelho.
Uso do ponto de vista psicológico
Uso da dominante idéia dos loucos
Uso do poder do senso crítico e comum.
Defronto-me então, com o cotidiano
E me junto ao engano.
Enfrento o ardor literário
Dedico o ar do meu quintal ao poeta
E toco na face da canção para tentar ser discreta.
Não julgo os caminhos
Nem falo em compaixão
Escrevo pra expressar a razão
E espero sentada
Que seja interpretada com total dedicação
Porque de psicólogo e de louco
Todo mundo tem um pouco.
E te garanto, querido leitor,
Que a vida não brinca,
Ela finge ser brinquedo,
Pra enganar o apelo
Dos dias de pura oscilação
Dos loucos que vagam o mundo
E descobrem que essa Senhorinha
É uma marionete cheia de sabedoria e dote de persuasão.



O clima ta tenso e não preciso repetir o que por mim, já foi dito.
Um todo nos sufoca e um mar nos devora
Entre as linhas, os trilhos se embaraçam.
O vento manipula os espirais que marcam nosso tempo
Enfim, tudo não passa de um contentamento descontente.
Que por sua vez torna o círculo duvidoso mais contente.



...Uma expressão tardia e vulgar vingou meus escrúpulos, tornado-os ainda mais dominantes de mim. Por um singelo voto de paixão meu espírito implora, mais sem necessidade alguma... Pois minha alma estar repleta e também alimenta meu espírito.



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