É que eu tenho disso, de desejar demais as coisas...
Tenho essa coisa de me apegar rápido a alguém. Tenho esperanças bobas que meu conto de fadas vai acontecer semana que vem.
Mas também tenho desinteresse, desapego precoce, desânimo sem norte, vida cheia de gente, gente cheia de vida. 
Dias de ócio criativo, dias de trabalho produtivo. E dias de café na cama, sem vontades e sem fama. 
Sou a Natalí das várias fases, dos desejos insaciáveis, de confusões incontroláveis.
A paciência que me acompanha é estranha, é risonha, mas é real. Sobre o natural.
Já me defini em tantos pontos. Mas me perco, constantemente, em várias vírgulas. Ando vivendo as pausas, movimentando os espaços que conheço e reconheço. 



Quem vai saber...
O que você quer beber, se queres me ter ou me lamber. Quem vai saber, se você vem me ver. Se vou nascer ou falecer.
Quem vai querer saber de que corpo és, em qual corpo me vês. Em qual vida me tens. Em qual esquina me encontrarás.
Eu, moça arredia e tonta. Desse meu estado, desse meu lado. Desse lado que é do longe, perto da ponte. Ligamentos, afrontes. Eu tua, sem pintura e com ternura. Posso ser nua, posso ser lua. 
Do brilho que enxergastes, da luz que criastes, da tinta que usastes, do que encantastes, do que envolvestes. Fugi pela arte, me uni aos tapetes.



Se a liberdade falasse, ela falaria dos milagres
Se a mentira calasse,  mentiria com disfarce
Se meu eu te acalmasse, me amarias em metades
Metades minhas e tuas.
Meus últimos textos denunciam...
Tanto "mim", tanto "ti"
Versos soltos e sem rima
Menino arredio, confusão vadia.
Vida tua, vida minha
Coleção de histórias, poesia.
 

  Acabou.  Fim.  



dias adiantados
amor declarado
silêncio negado
escrito amassado
diálogo abraçado



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