Descobrir um ser em si não é tão fácil assim, pode ser fácil pra ontologia mais não para mim. Quando se trata de descoberta prefiro agir fora de mim, assim não perco-me no mundo surreal que existe em meu interior.
Há uma escuridão que por vezes deixo-me levar.
A atuação do meu corpo diante à vida é fácil, frágil e patética.
Quando você tentar me ver com os olhos do sentimento, verá uma tonalidade pálida.
Quando com os olhos da emoção, verá uma tonalidade cintilante.
Quando você tentar me ver com os olhos da benevolência, verá uma imagem pintalgada.
Por isso que ao invés dos olhos eu uso a alma.
De qualquer maneira, é uma confusão, não se importe tanto com a lamentação.



Depois de um suave abraço, eu disse um eu te amo como num soluço. Você não ouviu pois as palavras foram engolidas pela rouquidão. Se tivesse me olhando antes de partir teria visto o que eu senti: meus olhos com o brilho de quem ama e com um pouco de tristeza na alma por sentir ausência de teus gestos de amor. Daquela retribuição que você me traz... Abraço apertado, beijo molhado, e palavras de conforto de segurança.
Seja em mim e me deixe ser em você. Só quero lhe ver bem e feliz, confie em mim, me conte seus segredos!
Não lhe abandonarei jamais. Largaria mão de qualquer coisa pra ter a certeza que envelhecerei ao teu lado.



sex, 13/08/10por Paulo Coelho

Um jornalista perseguia o escritor francês Albert Camus, querendo que explicasse detalhadamente o seu trabalho. O autor de “A Peste” se recusava: “Eu escrevo, e os outros julgam como entendem”.

Mas o jornalista não sossegava. Certa tarde conseguiu encontrá-lo num café em Paris.

“A crítica vive achando que o senhor nunca aborda um tema profundo” disse o jornalista. “Eu lhe perguntaria agora: se tivesse que escrever um livro sobre a sociedade, aceitaria o desafio?”

“Claro”, respondeu Camus. “O livro teria cem páginas. Noventa e nove seriam em branco, pois não há o que dizer. No final da centésima página, eu escreveria: ‘o único dever do homem é amar’”.



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