Em uma sala
Sem cedilha e sem tiu
Com vida e som sútil
Sou eu que quero ter voz pra cantar
Sou eu que quero alguém pra me acompanhar
Um desespero aqui bateu
Me perco em memórias que nem sei se existem
O inesquecível do que irá existir
Uma vida de olhar rodeado de amor
Menina que deseja ser menina, sendo ela na sala de estar.
Cheguei, me apresentei e agora quero voltar.



Fiz de mim uma narrativa sobre o amor
Detalho o que já não sou, o que de mim sobrou...
Criança  que admira o céu, mulher que escreve a saudade e imagina um Ele.
Daqui me transformei em uma melhor amiga, sendo a melhor companheira de minha mente viva, mente que sonha, imagina...

Uma natalí seduzida pela calma, acordando pra ser seu próprio motivo.



Alguém

Fale, escreva, verbalize!
Você tem medo de quem? De mim?
Eu que escrevi meu mundo para ti,
Eu que me despi e me coloquei em forma de verdade como prometi?
Tudo que te jurei, cumpri. E hoje estou aqui, na distancia e na insegurança do que na verdade sentes por mim.
Eu que ando desejando, incontrolavelmente, alguém pra me acalmar nos braços. Alguém que me deseje pelo que sou e pelo que faço, e que me sinta como a paciência de quem veleja um  barco.
Não posso deixar alguém como você acontecer em mim. Porque és confusão dentro do vazio sem laço.
E procuro alguém pra cantar baixinho, pra acolher no meu ninho. Que tenha vida com som e que minha voz lhe sirva como complemento do encanto.
Só sabes contar-me teus prantos. Para que eu, como de costume, faça algum tipo de avaliação. E você, tão normal, se corrija só pra ser o Tal.
Preciso de mais que isso! Vivi e sofri por estar longe de todos estando aqui. Mas tenho certeza que me fiz melhor por mim, e alguém que me desgoverne não me serve.

Quero alguém pra junto caminhar leve, e no final ainda encontrar um canto pra seduzir o tanto. Construir um manto e simplesmente amar.



Essa saudade é como pedaço amputado...
Sentimento que se faz calado depois de acostumar-se com o acaso
Custar a  entender o feito, desmoronar ao dar-se conta do efeito
Observar as idas de todas as vindas pra entrar no abraço...
- Eu, que nessa mesma época e todos os anos, me educo a transbordar amor pelo que se foi. Educo-me a deixar que as lágrimas caiam. O faço por já ter provado o contrário e ter dado tudo errado.
 De mim tenho o melhor que sou. O que sou ao torna-me viva, e sou por ter vindo de onde vim. Ter surgindo de quem me quis.
Sinto tua mão segurar a minha. Sinto a coragem que me deste ao guiar meus passos. Te fostes de maneira subida e absurdamente brusca, mas me deixaste no laço. Sou presente recém aberto, do embrulho que mim fiz excesso. Hoje entendo muito bem quando falavas que necessito usar ferramentas certas.
Os ventos não me deixam esquecer-te, minha mente mágica relembra os melhores fatos. E eu, seis anos depois de tua ida, sinto-me cada dia mais forte. Porque sei, que estivestes comigo durante 14 anos, mas também sei que essa  energia transbordante em mim é fruto do amor que me deste. E tu, no fundo sempre soubeste que eu seria assim, livre dentro de mim.  Aprendi a ser assim quando soltaste a minha bicicleta e me deixaste ir sem medo de cair. Continuo aqui, o medo as vezes me sobra. Mas a coragem transborda e mais ainda a vontade de ir!

Pai, eu te amo. 



Hoy

Sorriso amostrado
Calçada sem buraco
Sentimento amontoado.
É riso sem dente
Vida contente
Paradoxo vivenciado.
De tudo um pouco
De rosto molhado
Contagem regressiva

Passeio ao passado. 



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