Daqui eu vejo a noite dormir.
Longe de tudo e de todos, dou carinho a escuridão e estendo minha mão ao silêncio noturno. O dia já está amanhecendo, jajá é sol, jajá é dia.  Os pingos de chuva já estão na minha sala e esborram na vasilha que botei enquanto a noite ainda nascia. Jajá ela morre e me entrego ao dia.
O sono foi embora a muito tempo, a quase trêz dias. Fico folheando as páginas da minha agenda procurando alguma programação para distrair a vida. Mas as páginas estão vazias, apenas com pedaços de mim...
A chuva acabou de sorrir!
Vou na janela ver a luz nascer e a chuva cair...



Lembro-me bem... Você a me esperar! Sentado no banco da praça como em uma sala de estar. Chegando lá, deparo-me com um comentário de quem quer reclamar. Mas no fundo você queria dividir a ansiedade que suportou ao me esperar...
E é pra falar de amor? Então falarei do mar...
Lá, por trás daquela jangada você sorria pra mim. Me sentia e me envolvia com abraços.
E eu tentava esconder o estrago feito com a flor que tu me destes. Naquele momento a proteção estava presente, junto com o mar, com teu amor, com o céu escuro e a lua assistindo nosso encontro. Você falava fácil, olhava fácil, com aquele pensamento profundo e com aquele balançado confuso. O que me fascinava e fazia impressionar.
Das conversas que tivemos, as melhores tiveram a presença do mar. E isso me faz ter certeza que iremos nos reencontrar. Só não me peça pra dar certezas que não tenho, pois acompanho outros amores. E eles me protegerão até você chegar.



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