Posso falar sobre chás? Posso.
Tomo chá porque gosto, e essa é parte mais
divertida desse meu inverno super frio. Brinco de acompanhar o caminho que o
chá faz dentro do meu corpo. Esquentando meu interior como uma paixão dentro de
um abraço tonto. É estranho, mas parece que sinto vontade de continuar assim
como estou agora e como venho falado em todos os meus últimos textos:
solitária. Mas minha solidão tem acompanhantes, da pra entender? Existe o
incomodo de ter quer dividir a solidão, de ter que dar satisfação sem dizer
não. Então eu venho, me tranco e começo a escrever. E fico assim, escrevendo
meio troncha, sem saber ao certo o que dizer.
Diversas vezes eu senti o engando gosto da
conclusão. Senti por uns instantes que todo esse lamento cheio de lágrimas não
passava de drama. Melancolia forçada. Ilusão. Mas me enganei, que pena. Daria
tudo pra que fosse conclusão. Por isso continuo escrevendo sem começo, porque é
tudo continuação.Recuso-me a viver dentro de uma rotina
inventada, imposta. Por isso luto até contra mim mesmo pra mais tarde não
sofrer, também, com isso.
Quando quero sentir felicidade, agarro-me a
esperança. Linda, linda é a esperança! Jogo em uma tela gigante todos os meus sonhos,
e começo a adiantá-los e chego a sentir o gosto de como é vive-los. E o gosto é
bom.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
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