Boa noite! Hoje vim falar de brilho.

As paredes só me servem como divisão, onde ao certo o que eu mais quero é que,ao invés de dividir elas aconcheguem. Não vivo, moro. Ocupo espaço, melhor dizendo.
Não consigo marcar os dias marcantes e muito menos memorizar datas, só sei que a uns 5 dias estou me sentindo assim... Vazia, e perturbadora de mim. Tenho vontade de abandonar minha alma e sair correndo pra dela nunca mais lembrar, ou então matar meu corpo e a alma eu ressuscitar. Ao mesmo tempo (mais é no mesmo tempo MESMO), que sinto muita vontade de viver, sinto vontade de falecer, mais apenas por dentro.
Minha mente em constante azucrinação procura uma estabilidade, ela não quer jogar fora sua loucura e brilhante imaginação, não, ela não quer. Ela quer e precisa encontrar o que tanto lhe falta, que é o que falta descobrir. Enquanto o tempo passa depressa, a solidão vem e a abraça de uma forma loucamente absurda, porque mesmo tendo quem a ame, ela se balanceia só de pensar na palavra ‘abandono’... E transmite a mensagem para as cordas vocais que murmura baixinho... “Não me deixem, eu preciso de acompanhamento, não suporto estar só, eu não sei viver sozinha, preciso de alguém, preciso, preciso!!”
Parece apavorante? É apavorante.

-Estive a ler alguns trechos de bobagens que escrevi, soou para mim como um triste desabafo, que conforme o tempo vai passando é visto como nada mais que, ‘uma bobagem de menina besta’.
Neste exato momento sinto minhas pálpebras encharcadas de um líquido salgado e incolor, sei do gosto porque já estão escorrendo para perto da boca, onde agora, a língua consegue detectar o sal e a tristeza que esse líquido faz sentir...
Sim, mas... Vim falar de brilho e só o citei uma vez!
-O brilho que falo é o da luz que anda apagada já faz alguns dias. Necessito de buscas, os meus miolos estão enfraquecidos e precisam de fogo e alimento para voltar a funcionar, quero senti-los atordoando as laterais de minha cabeça, e, sentir a vibração que estes conseguem transmitir a todos os outros miolos enfraquecidos que vagam no mundo.
Em meio a toda esta confusão mental que vivo, ainda consigo pensar no amor, mais não no meu amor, pois esse eu tenho e possuo convicta certeza que é muito. Penso aos que me cercam, e são vários... Uns estabilizaram a vibração e outros permanecem na constante oscilação. O que afronta meu ser é a insegurança de chegar a perdê-los, porque alguns deixaram de ser amor e sobrevivem apenas na essência, é suportável viver da essência. Mais não por muito tempo. Eu sei que posso conquistá-los a cada dia e fazê-los permanecer ao meu lado. Quero firmar o amor em minha alma e assim, dá-la segurança o suficiente para fazê-la prosseguir. Se meu brilho conseguisse iluminar este pensamento todas as vezes que se sentisse enfraquecido, seria bom, mais o problema estar nas paredes que só dividem e não aconchegam.
E se este escrito venha a ser interpretado como um drama... Que seja! Dramatizei meu estado mental, físico, sentimental e patético de ser. Preciso sentir cheiro de vela derretendo e gosto amargo de chocolate na boca. Preciso dormir e esquecer os pensamentos verbalizados de hoje.
Amanhã tentarei construir novas paredes...
E se caso não conseguir erguê-las, voltarei aqui e renderei meus pratos às palavras, por que elas não falam, escutam. Não gritam, imploram. Não moram nem vivem, existem e precisam ser ditas, usadas e válidas.
00h37mim, finalizo.



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