Rimo com tristeza
Vendo o  ovo fritar
O sol esquentar

Acordei primeira pessoa
Vi o nascer do sol virar garoa
E minha cama vazia, ainda está

Te vi passar despercebido
Quis falar no teu ouvido
Pra onde queria te convidar


Acordei cedo pra trabalhar
Não fiz sanduíche, não posso chorar
Pisei no chão, preciso caminhar sozinha
Mas meu paradoxo é afirmar sem saber... Sou meu lar?



Desalinhada, ilhada, amada
Escolhida em zelo, póstuma de apego
Levada pelas próprias azas
Escolheu viver o inteiro
Decidiu amar primeiro
Mas fez escolha errada
O errado foi o avesso
Do que sabe é do começo
Do silêncio, do barulho e da zuada
O fim não foi provado, ninguém teve esse direito
Então tudo vira apego
Em abraços verdadeiros
Ela segue tendo calma
Amando calada

Limpando a casa e jogando fora as mágoas



Dia ruim pra o motorista
Pra passageira
Pra cobradeira do amor pelas beras
Dia de sol chuvoso
Do tempo que não tem culpa
Da passageira sem abrigo
Ela que busca motivos pra caber nas cabeceiras
Louca, desvairada
Coleciona embriaguez, coleciona mágoas
O motorista já foi
E o ponto me engoliu as vírgulas
Nas reticências que fui amada
Aqui estou na espera de outras causas



A gente faz... E pode chamar de obsessão
Quem faz, explica como multidão em ação dentro do mundo do coração.
Simples, feito, e feito.
Depois se transformam em momentos de desfeitos, que acabam em castigo.
É inexplicável, o que se dá consigo na euforia da possessão.
O amor tem explicação?
Amor é calma, mas também é ação.
Querer ter, é o contrário de perder
E perder amando, é castigo musicado.
Dos tons que ouço ultimamente, tua voz vem guiando a letra
Ta tudo na minha mente, e ela não mente.
Dos encontros e encantos, me restou a vontade de ter e te ver por perto.
Em momentos desconexos, eu te anexo no protesto do meu passado inacabado.
E mesmo vivendo o presente intensamente, guardo sobre ti uma coxa de retalhos.
Uma música escondida no armário, e o fogo que não apaga com convidados.
Das incógnitas que me deixastes, permitir-te ficar por perto é a que mais me  inquieta.
É meu desejo de não ser passado ou o teu amor que nunca será apagado?  Os dois.



Daqui sendo, sou. Extraindo e caindo pelo mundo vou indo,  e vou sendo do mundo, mas vivendo por mim.
Vou seguindo minhas estradas. Sem pensar em desistir, penso apenas em seguir
É tudo muito óbvio, está estampado na minha cara, escrito na pele. Tenho uma casa mobiliada, mas quero o planeta terra pra morar. Um estado como quintal, um pais em cada quarto, mil amores na cozinha
Sou minha, minha. Não sobrevivi, vivo e vivi. Se for pra contar moedas, contarei cantando feliz. Me fiz.
Sou das ruas, o mundo é meu lar. E pra terminar a história, te digo: Calma rapaz, se for entrar saiba morar.



Quarto

Do abuso fácil, ao romantismo frágil
Do querer ao poder, por ter e não ser.
Dos tantos sem mantos, aos avanços com prantos
De tanto em tanto, encanto, em cantos
Cantinho sozinho, descanso. 



Yo no puedo hablar
Pero puedo llorar
Hoy, en mi noche latina
La soledad és mi mejor amiga
Yo no soy tua, pero eso és mi deseo
Te veo, no puedo tocar-te, no puedo sentirte
Pero puedo quererte
No és nadie solo, yo también no. 
Entonces viene que te doy mi suelo fuerte, mi cielo rojo
No sé porque és demasiado difícil entenderte 
Quizás sea por esto que estoy escribiendo en castelhano
No lo sé..
Y lo que mi riesta és cerrar los ojos e quererte, 
Pero quererte junto a mi
Solita, solamente



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