sex, 13/08/10por Paulo Coelho

Um jornalista perseguia o escritor francês Albert Camus, querendo que explicasse detalhadamente o seu trabalho. O autor de “A Peste” se recusava: “Eu escrevo, e os outros julgam como entendem”.

Mas o jornalista não sossegava. Certa tarde conseguiu encontrá-lo num café em Paris.

“A crítica vive achando que o senhor nunca aborda um tema profundo” disse o jornalista. “Eu lhe perguntaria agora: se tivesse que escrever um livro sobre a sociedade, aceitaria o desafio?”

“Claro”, respondeu Camus. “O livro teria cem páginas. Noventa e nove seriam em branco, pois não há o que dizer. No final da centésima página, eu escreveria: ‘o único dever do homem é amar’”.



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