Cobrindo os vestígios de infelicidade
Com a capa desbotada de um eu, sonolento, e debochado de migalhas
Onde nem o precipício sombrio que o engoliu tornou-o puro e seco
Esqueceu a ventania e não ousou tocá-la
Adormecido em seu acalento
Murmurou pedaços de paixões reprimidas
E descobriu a essência da calma mais vadia
Um peso de consciências perdidas dentro de uma só alma
Cruzadas de pernas e braços
Sem chutes nem embaraços lacrados por néctas
Desfez todos os laços de ódio
E mastigou sua própria preza
Engoliu a fada cor-de-rosa
Pisou o ritmo que não lhe tocava
Deixando que o perfume da erva lhe penetrasse a alma...
Devorou a última gota de esperança que lhe restava
Em meio aquela madrugada vazia
Vazia de amor, vazia da calma
quarta-feira, 24 de junho de 2009
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