Quem vai saber...
O que você quer beber, se queres me ter ou me lamber. Quem vai saber, se você vem me ver. Se vou nascer ou falecer.
Quem vai querer saber de que corpo és, em qual corpo me vês. Em qual vida me tens. Em qual esquina me encontrarás.
Eu, moça arredia e tonta. Desse meu estado, desse meu lado. Desse lado que é do longe, perto da ponte. Ligamentos, afrontes. Eu tua, sem pintura e com ternura. Posso ser nua, posso ser lua. 
Do brilho que enxergastes, da luz que criastes, da tinta que usastes, do que encantastes, do que envolvestes. Fugi pela arte, me uni aos tapetes.



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