Em estado de carência não posso ficar sozinha, é perigoso
demais. As lembranças sentem e vem tirar minha paz. Parece ser nada demais, mas o passado me
atrai. E começo a lutar pra que seja tarde demais, pra viver o que ta aqui, pra
viver a cura no cais, dos tais.
Bombardeio de emoções, de sentimentos que parecem vans, mas não são.
Há tanta coisa escondida que precisa ser sentida. Há tanto
de mim por ai, tantos retratos na gaveta, tantos textos soltos, não lidos,
escondidos. Fico deixando pra trás, evitando, negando e confundindo os sentidos
ainda mais.
Inesperadamente, ou inexplicavelmente, surge o encanto. E no
meio de tanto pranto eu encontro a paz. Mas não é paz, só paz é pouco, é algo
mais... É vida sentida, detalhada num ninho. Com rítmo, com doses extremas e
incertas demais.
Muita coisa estar por vir, não sei de mim nem de ti. Só sei que
estamos aqui. E ando querendo que essa história não tenha fim. Não sei o
depois, absorvo essa vontade louca e espero. Prefiro viver assim.