Daqui eu vejo a noite dormir.
Longe de tudo e de todos, dou carinho a escuridão e estendo minha mão ao silêncio noturno. O dia já está amanhecendo, jajá é sol, jajá é dia.  Os pingos de chuva já estão na minha sala e esborram na vasilha que botei enquanto a noite ainda nascia. Jajá ela morre e me entrego ao dia.
O sono foi embora a muito tempo, a quase trêz dias. Fico folheando as páginas da minha agenda procurando alguma programação para distrair a vida. Mas as páginas estão vazias, apenas com pedaços de mim...
A chuva acabou de sorrir!
Vou na janela ver a luz nascer e a chuva cair...



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